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ENTREGA
A última pétala cai ao chão
Seca, sem perfume, desprende-se
Os espinhos continuam a machucar
Sangram em desilusões...
Finda-se a vontade de crer
Sufocada entre tantos porquês
A desistência consome-se
Inebriante sua força e poder
Os dias passam, o corpo vagueia
Desata-se da esperança
Cansado de tentar, entrega-se
Descansa sua dor em seu silêncio
Pétala, seca, ao chão
Seu perfume, um dia, foi sorriso
Hoje, é somente dor
É somente o nada...
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